Você já
atendeu pacientes que apresentam uma dor que vai e volta?
Quando o paciente vive um estresse, ele entra em um pico de adrenalina
sentindo-se frustrado ou impotente em evitar a situação, e quando a situação
passa, tende a restaurar os tecidos com alguns sintomas, que podem estar
presentes nesta fase e posteriormente a pessoa tende a voltar a normalidade.
Porém quando esse caso de estresse vai e volta, o paciente fica no que chamamos
de CURA PENDENTE.
Seu
paciente tem dores insistentes que nunca acabam? O que
isso significa? Que o paciente não consegue sair do processo de estresse de um
conflito e voltar por definitivo à normalidade, um exemplo é a fibromialgia,
que é um dos exemplos de pacientes que entram e saem de conflito e não
conseguem por definitivo voltar à normalidade.
Isso já aconteceu com vários pacientes meus, por exemplo, uma paciente que
em certos momentos apresentava dores articulares em ombros, em joelhos e dores na
região de trapézio e pescoço, que ocorriam por algumas situações específicas que
ela vivia, e quando nós começamos a pesquisar em diálogo com ela, vimos que durante
a sua vida adulta, quando ela já tinha um filho na adolescência, ela vivenciou
uma situação de discussão e desentendimentos entre o esposo e seu filho e nesse
momento o esposo chegou a bater no seu filho e ela ficou naquela situação de impotência
no meio dos dois, sem saber do lado de quem ficar ou sem saber como evitar
aquela situação, evitar aquela briga que poderia chegar a algo pior. Essa
situação da briga foi uma fase de estresse onde ela teve um pico de hiper estimulação
do sistema nervoso simpático, que fez com que ela ligasse um alerta, a adrenalina
subiu e ela ficou de prontidão para saber o que estava acontecendo e para
evitar algo pior que pudesse acontecer.
Depois de 1 ou 2 dias, o pai e o filho voltaram a brincar juntos se
entender melhor e isso fez com que ela entrasse na fase pós estresse do
conflito, ou seja, ela começou a relaxar e perceber que aquilo tinha passado e
nessa fase de relaxamento começaram as inflamações e as dores apareceram naquelas
articulações relacionadas às frustração vivida naquele momento de discussão.
Após sair do estresse, os tecidos tendem a entrar em uma fase final do
processe, em um momento de cicatrização dos tecidos que estavam em disfunção,
para que assim inicie a correção naquele tecido inflamado anteriormente na fase
pós estresse. Só que o que aconteceu nesse momento? Ela estava nessa fase pós
estresse e houve uma nova briga. Não tão intensa com os dois, mas fez com que
ela retornasse à fase de estresse o que gerou novamente uma hiper estimulasse,
deixando-a de prontidão e atenta para ver se o perigo ia acontecer da mesma
forma que antes.
Isso não deixou com que ela resolvesse por completo o conflito e por
consequência que voltasse na fase natural ou normal do tecido e isso fez ela
entrar nessa cura pendente, já que ela não pôde resolver por completo aquela
situação vivida e por consequência o sintoma.
Só que a cada momento que ela vivenciava a situação do marido chegar bravo
em casa ou o filho estar estressado por alguma situação, ela já ficava em
alerta de novo, imaginando que uma briga pudesse acontecer.
Isso acontece porque os cinco sentidos relacionados ao estresse no momento
da hiper estimulação, voltam a acender um alerta para a pessoa que vivenciou a
situação de estresse fazendo com que a pessoa não entre na resolução por completo
e alterne momentos de dores e momentos em que ela não tinha dores, que era a
fase de estresse. Então ela ficava nesse ciclo repetitivo e isso não acontecia
só com as dores, mas acontece também com vários outros sintomas, como as cistites.
Há muitas pacientes que apresentam infecções urinárias recorrentes, porque
elas entram na fase de estresse com medo de perder alguém ou medo de perder o parceiro,
um medo de traição, ou a incapacidade de impor limites sobre o território e
quando elas relaxam deste tipo de situação, elas acabam apresentando a cistite,
tendo processo inflamatório, dor na bexiga, as vezes a urina com coloração ou
odor mais forte. E quando elas não saem desse processo, ficam com sintomas
recorrentes, significa que elas permanecem reativando os ciúmes, os medo de
perder o que é delas, perder o parceiro ou
repetir a situação de estresse, e neste momento compete ao terapeuta auxiliar a
pessoa a sair deste processo.
Fez sentido isso pra você? Conseguiu entender como essa relação de sintoma
pode desencadear essa cura pendente e seu paciente permanecer muito tempo nesse
sintoma, nessa alteração?
Se você entendeu essa relação e gostou desse artigo, compartilhe com seus colegas terapeutas e me mandem comentários para que
possamos ir trocando informações, esclarecendo dúvidas e nos fortalecendo cada
vez mais como uma comunidade, em busca de resultados mais rápidos e eficazes em
nossos atendimentos. #comunidadeorigens
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Dr. Ivan Bonaldo (Crefito 8/99696-F)
Fisioterapeuta e idealizador do
Curso Origens